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terça-feira, 13 de julho de 2010

Bruno do Flamengo: camelôs lucram com a tragédia de Eliza

Os vendedores do Camelódromo Eldorado, no centro nervoso de Contagem, estão enchendo os bolsos com a repercussão do caso Eliza Samudio. Segundo a polícia, a ex-namorada do goleiro Bruno Souza foi assassinada, com a participação do jogador, na noite de 9 de junho. Passados 33 dias, a trama ainda é o assunto mais comentado das ruas, o que levou o comércio a tirar proveito para colocar dinheiro em caixa. Desde domingo, o DVD de um filme pornográfico estrelado pela paranaense, que usava o codinome Fernanda Faria, é vendido nos balcões do mercado popular a R$ 5.

Duas lojas oferecem o disco pirateado da película, de autoria da Brasileirinhas, produtora pornográfica nacional. Em uma delas, na Rua Portugal, 525, foram vendidos 15 DVDs em nove horas. Para atrair os clientes, o dono do quiosque deu ao filme, lançado em janeiro de 2007, o título de "Pornozão Ex-Mulher do Bruno". A capa tem fotos do goleiro, com o uniforme de treino do Flamengo, e de Eliza, vestindo chapéu branco, camiseta preta e calça jeans. No verso, um resumo das imagens de sexo explítico. O vendedor Ramon Carvalho, de 20 anos, disse que já pediu ao fornecedor de Belo Horizonte para reservar mais cem discos.

'In Memoriam'

A banca localizada na outra lateral do camelódromo, esquina com a Avenida José Faria da Rocha, optou por um encarte ainda mais ousado. A frente tem fotos do atleta, que não participa do filme e está preso em Nova Contagem, e da moça, na época com 22 anos, sob o título "Eliza Samudio, ex-amante de Bruno, goleiro do Flamengo". No verso, as inacreditáveis palavras "In Memoriam". Em menos de 48 horas, foram vendidos 60 DVDs, que renderam R$ 300 ao comerciante.

— Só não vendi mais porque acaba toda hora e eu tenho que esperar chegar outro malote — afirmou o balconista, que pediu para não identificado.

Jader Marques, advogado dos Samudio, disse que a família reagiu com tranquilidade à exposição exagerada da imagem de Eliza. Segundo ele, a modelo era independente e não contava detalhes de seus trabalhos aos parentes.

— É normal que se explore tudo o que diz respeito ao Bruno e à Eliza. Só não podemos esquecer é que ela não está mais aqui. Foi vítima de um crime brutal que precisa ser solucionado — ressaltou Marques.

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