Roque Santeiro faz 25 anos e é 1ª novela a sair em DVD
A novela Roque Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, completou 25 anos de lançamento no último dia 24. Para comemorar a data, a Globo Marcas resolveu transformá-la na primeira novela brasileira a ser lançada em DVD.
A partir de agosto chegam às lojas brasileiras 16 discos que trarão uma edição com 50 horas da novela que teve 209 capítulos ao todo – Aguinaldo Silva assumiu a trama a partir do 40º e escreveu até o de número 163, quando Dias Gomes, após o sucesso retumbante, quis retomar o filho. Os dois chegaram a brigar por conta disso.
Se nos bastidores o clima era quente, o que ficou para o telespectador foi “um dos melhores trabalhos da TV brasileira”, na avaliação de Claudino Mayer, pesquisador em teledramaturgia na USP (Universidade de São Paulo). Em seu último capítulo, Roque Santeiroteve audiência de 100% - coisa que nunca mais se repetiu. A trama lidera até hoje o ranking de audiência em novelas, com 63 pontos de média.
- A novela marcou porque trouxe o universo da cultura popular, representada nessa história do herói supostamente morto e santificado. A novela tinha elementos de comédia e do folclore nacional. Era uma trama divertida.
A novela seria exibida inicialmente em 1975, com Betty Faria, Lima Duarte e Francisco Cuoco como protagonistas, mas foi censurada pela ditadura militar. Para a jornalista Fabíola Reipert, colunista de TV do R7, o mérito da trama foi brincar com o triângulo amoroso entre os protagonistas.
- O povo gosta de ver o circo pegar fogo. E em Roque Santeiro isso acontecia o tempo todo. Tinha 11 anos quando a novela passou e me lembro que todo mundo parava para assistir. Só espero que o preço dessa caixa de DVDs seja acessível a todos.
- A novela marcou porque trouxe o universo da cultura popular, representada nessa história do herói supostamente morto e santificado. A novela tinha elementos de comédia e do folclore nacional. Era uma trama divertida.
A novela seria exibida inicialmente em 1975, com Betty Faria, Lima Duarte e Francisco Cuoco como protagonistas, mas foi censurada pela ditadura militar. Para a jornalista Fabíola Reipert, colunista de TV do R7, o mérito da trama foi brincar com o triângulo amoroso entre os protagonistas.
- O povo gosta de ver o circo pegar fogo. E em Roque Santeiro isso acontecia o tempo todo. Tinha 11 anos quando a novela passou e me lembro que todo mundo parava para assistir. Só espero que o preço dessa caixa de DVDs seja acessível a todos.
Regina Duarte conquistou novo status em sua carreira ao interpretar a espevitada protagonista, viúva Porcina, que vivia um triângulo amoroso com Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e Roque Santeiro (José Wilker). Mayer recorda o que a personagem representou uma guinada para a atriz.
- Ela era tida como a namoradinha do Brasil. E, de repente, surgiu com uma nova interpretação que representava a mulher que estava Brasil afora.
Aguinaldo Silva contou, em seu blog, como Porcina foi criada.
- Sem tirar o mérito da atriz, quem se entregou de corpo e alma à personagem e a tornou inesquecível foi [o diretor] Paulo Ubiratan. Quando ele anunciou que queria Regina para viver a personagem, houve, entre os executivos da emissora, certa estranheza. Afinal, embora ela fosse disparada a maior bilheteria da Rede Globo e a atriz mais famosa da casa, tinha se especializado em papeis de mocinhas adocicadas, e Porcina, bem... Porcina era o que se poderia se chamar de uma verdadeira “piranha”.
Segundo lembra o novelista, Ubiratan se trancou com a atriz em um estúdio e mandou que ela lesse as falas de Porcina. Repetidas vezes, o diretor pediu que Regina refizesse o texto num tom mais alto de voz. Após ver a intérprete se esgoelar, o diretor ordenou que ela, então, fizesse o tom de voz normal.
- E o tom normal não era mais aquele tão suave de Regina Duarte. Era o de Porcina. O resto vocês já sabem: é história.
- Ela era tida como a namoradinha do Brasil. E, de repente, surgiu com uma nova interpretação que representava a mulher que estava Brasil afora.
Aguinaldo Silva contou, em seu blog, como Porcina foi criada.
- Sem tirar o mérito da atriz, quem se entregou de corpo e alma à personagem e a tornou inesquecível foi [o diretor] Paulo Ubiratan. Quando ele anunciou que queria Regina para viver a personagem, houve, entre os executivos da emissora, certa estranheza. Afinal, embora ela fosse disparada a maior bilheteria da Rede Globo e a atriz mais famosa da casa, tinha se especializado em papeis de mocinhas adocicadas, e Porcina, bem... Porcina era o que se poderia se chamar de uma verdadeira “piranha”.
Segundo lembra o novelista, Ubiratan se trancou com a atriz em um estúdio e mandou que ela lesse as falas de Porcina. Repetidas vezes, o diretor pediu que Regina refizesse o texto num tom mais alto de voz. Após ver a intérprete se esgoelar, o diretor ordenou que ela, então, fizesse o tom de voz normal.
- E o tom normal não era mais aquele tão suave de Regina Duarte. Era o de Porcina. O resto vocês já sabem: é história.
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