Não dá para obrigar alguém a sentir afeto. Se perceber sinais de rejeição, não pressione
Foto: Getty Images
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A figura da madrasta bruxa, personificação do mal, ainda está solta por na imaginação de algumas pessoas. Portanto, não facilite. Se pisar na bola com os filhos de seu namorado ou marido, eles podem confundi-la com a vilã dos contos de fadas. Antes que isso aconteça, dê uma olhada na nossa pequena lista de proibições, comentada por Denise Falcke, terapeuta de casais e família.
1. Pode me chamar de mamãe
Você não é nem deve tentar ser a mãe de seus enteados, ainda que ela já tenha morrido. Se agir assim, pode despertar nas crianças a sensação de que estão traindo a mãe biológica consequentemente, por lealdade, vão rejeitar você. O ideal é ir definindo, com todos, o seu lugar na família: você pode conquistar amor e respeito sendo quem é, sem necessidade de competir com ninguém.
2. Que cara é essa?
Se os pais se separaram recentemente, é natural que os filhos fiquem tristes. Em geral, eles atribuem à madrasta toda a culpa pela separação. Mesmo que o divórcio tenha ocorrido há tempos, cultivam a ideia fantasiosa de que os pais vão reatar um dia, refazendo a família e sua chegada põe fim a esses sonhos. O melhor a fazer é permitir que os sentimentos deles tristeza, raiva ou ciúme sejam expressados.
3. Por que você não gosta de mim?
Não dá para obrigar alguém a sentir afeto. Se perceber sinais de rejeição, não pressione e controle sua ansiedade em ser aceita rapidamente, pois essa atitude só tende a piorar as coisas. Prepare-se para uma conquista lenta e gradual é assim que se estabelecem todos os vínculos. Desde o início, porém, você pode e deve exigir respeito.
4. Quem te ensinou isso?
Qualquer censura explícita ou velada à mãe e à educação que ela deu à prole colocará você em posição desfavorável. Se perceber que ela está fazendo intrigas ou agindo sem ética, discuta o problema com o seu parceiro, nunca com as crianças.
5. Seu quarto é uma vergonha!
A madrasta, juntamente com o pai, precisa deixar claro que as crianças devem respeitar as regras de funcionamento da casa mesmo que sejam diferentes daquelas a que estão acostumadas. Mas bom humor ajuda bastante na negociação. Não encare a bagunça como provocação: elas provavelmente também fazem cabaninha na sala da mãe, dos avós...
6. Pensa que dinheiro cai do céu?
É permitido explicar o valor real das coisas e recusar pedidos fora de propósito, mas fazer comentários sobre a pensão que ele dá aos filhos nem pensar. Essa questão e os dias de visita não cabem a você definir de preferência, devem ser decididos judicialmente, ou pelos pais, a fim de garantir o direito das crianças. Como o pagamento de pensão interfere no orçamento das famílias recasadas, você pode até estar insatisfeita. Nesse caso, tente chegar a um consenso falando com seu marido, não com os enteados.
7. Amo você como se fosse meu filho
Filhos são filhos e enteados são enteados trata-se de vínculos diferentes e o relacionamento com ambos será muito melhor se você não compará-los. O fundamental é fazer com que todos se sintam parte do clã, com direito a manifestar opiniões, desejos ou reclamações. No caso da chegada de um novo bebê, conte também com o amor e a camaradagem entre irmãos: nem tudo é disputa e ciúmes num lar.
8. Agora vocês terão uma família novamente
Cuidado para não se ver como a salvadora, que chegou para recompor o lar destruído. Essa imagem, além de não ser muito simpática, é falsa, porque o novo casamento não anula a experiência de separação que seu companheiro e as crianças vivenciaram. O melhor é encarar com naturalidade que essa relação será diferente da anterior e exigirá a criação de outros papéis. Tente se desapegar de modelos tradicionais e construa com todos aquele que funciona para vocês.
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