Quem nunca teve um carocinho que foi logo classificado por um parente ou conhecido como sendo uma íngua? Mas você sabe o que é íngua, o que fazer para que ela desapareça e quando deve se preocupar com ela?
Os pequenos nódulos que costumam aparecer em determinadas partes do corpo podem revelar desde uma simples infecção até um problema grave como o câncer.
Antes de saber o que é uma íngua, é preciso entender o que é um linfonodo (ou gânglio linfático). Os linfonodos fazem parte do sistema de defesa de nosso organismo. Eles estão espalhados por todo o corpo e são ligados por vasos linfáticos, por onde circula um líquido chamado linfa. Todo este sistema é bastante semelhante ao sistema circulatório, com suas veias, artérias e o sangue. Os linfonodos possuem linfócitos, células que ajudam a eliminar vírus e bactérias que estejam circulando pelo corpo.
Quando estes micro organismos estão presentes, os linfonodos aumentam a produção de linfócitos, principalmente na região próxima à infecção. Esta atividade aumentada faz com que aconteça também um aumento do tamanho do linfonodo. Esta é a íngua!
1- O que é íngua?
É o termo popular para uma espécie de "carocinho" (linfonodo ou gânglio linfático) que aparece em determinadas partes do corpo, quando o organismo está com alguma infecção. Em geral, representa uma resposta de defesa do próprio organismo e, portanto, tem ação benéfica, uma vez que sua presença revela ao paciente que o corpo está combatendo a infecção. Sendo assim, quando o organismo se recupera, a íngua desaparece.
Tem contornos bem definidos e que parece solta sob a pele. Ela pode aparecer mesmo quando você acha que não tem nenhuma infecção, pois os linfócitos começam a atuar logo que os micro organismos chegam ao organismo, tentando evitar que consigam se proliferar e dar início a uma doença. Ou seja, mesmo que você não tenha febre, tosse, dor, ainda assim uma infecção pode estar se instalando, e isso justifica a presença da íngua.
2- Em quais regiões costumam surgir?
Nas áreas do corpo em que os gânglios linfáticos são mais evidentes, como pescoço, axilas e virilhas. Porém, as ínguas também podem surgir nas regiões abdominal (retroperitônio) e torácica (mediastino), que não são palpáveis, mas podem ser detectadas em exames de imagens, como a tomografia computadorizada e o ultra-som.
Normalmente surgem em conseqüência de alguma infecção próxima aos gânglios.
Por exemplo, uma frieira ou uma ferida no pé, podem originar uma íngua na virilha. Nas manifestações mais graves, assemelha-se a um ABSCESSO doloroso; nos casos crônicos, é caracterizado por caroços duros e invisíveis.
Por exemplo, uma frieira ou uma ferida no pé, podem originar uma íngua na virilha. Nas manifestações mais graves, assemelha-se a um ABSCESSO doloroso; nos casos crônicos, é caracterizado por caroços duros e invisíveis.
3- Por que esses nódulos aparecem?
Ocorrem quando há um aumento dos gânglios linfáticos, decorrentes de alguma infecção. Esses gânglios são formados por glóbulos brancos que têm a função de defender o organismo dos agentes infecciosos.
Não é necessário nenhum tratamento específico para a íngua. Como ela representa, em geral, uma resposta do organismo no combate a uma infecção, tão logo essa infecção seja curada, a íngua “desaparece”, com o gânglio retornando ao tamanho normal.
4- Como se dá este "Fenômeno"?
Se um indivíduo desenvolve uma infecção dentária, por exemplo, é provável que a íngua apareça (gânglio com inflamação) na região da mandíbula, próxima ao dente "doente", pois a ação de agentes externos, como a das bactérias, desperta o sistema imunológico que se arma para combater o inimigo. Digamos que o invasor causa uma reação inflamatória na região, aumentando o tamanho do gânglio. Com a infecção sob controle, a inflamação regride e a pessoa se recupera. No entanto, vale lembrar, também, que as ínguas podem aparecer nas regiões do pescoço, axilas e virilhas de crianças que estejam com algum tipo de virose, ou seja, os "carocinhos" também podem surgir paralelamente a um quadro febril ou a problemas cutâneos. Porém, assim que a criança se recupera, os sintomas desaparecem, inclusive as indesejáveis ínguas.
5- Por que algumas pessoas confundem a íngua com algo mais grave?
Isso acontece, porque o aumento dos gânglios linfáticos também pode ocorrer em virtude da presença de câncer no gânglio linfático. Este tumor maligno recebe o nome de linfoma. Por isso, quando há um aumento dos gânglios na região próxima às mamas e axilas, por exemplo, algumas mulheres costumam se assustar e acreditam estar com câncer de mama - antes mesmo de consultar um especialista. Portanto, a confusão é gerada porque, nestas duas situações, o "caroço" se torna aparente e palpável - exceto quando ocorrem nas regiões abdominal e torácica, que só podem ser detectados por exames específicos.
Os linfonodos podem ficar aumentados também na presença de câncer. O tumor encontrado no gânglio linfático é chamado de linfoma (o tipo de câncer que a Ministra Dilma Roussef anunciou ter eliminado com uma cirurgia há poucas semanas.
6- Os sintomas nas duas situações (íngua e cancêr) são semelhantes?
Não. Na íngua, a área ao redor dos nódulos fica quente e avermelhada, e o paciente sente dor. Já os gânglios com linfoma, ou seja, câncer, normalmente não apresentam nenhum destes sintomas. E os nódulos que surgem não desaparecem com o tempo, ao contrário, crescem ainda mais. Isso porque, há uma proliferação desordenada e descontrolada dos linfócitos que habitam os gânglios linfáticos, provocando uma espécie de mutação dos genes, que se multiplicam em progressão geométrica.
7- Como saber se é íngua ou linfoma?
Quando suspeito de algo mais sério, indico ao paciente a biópsia do gânglio (retirada de um pedaço deste tecido). Com o exame patológico em mãos, tenho condições de afirmar se o problema é de origem inflamatória ou reacional ou se mostra a presença de um câncer linfático (linfoma).
Se você estiver com uma íngua, sem dor, sem infecção e ela continuar aumentando depois de alguns dias, procure um médico para o diagnóstico correto.
Prevenção
Se as ínguas ocorrerem com demasiada frequência, devem-se evitar alimentos gordurosos e derivados de cacau. Os alimentos DEPURATIVOS DO SANGUE contribuem para a cura.
Hortaliças
Agrião • Suco diluído em água. Tomar 1 xícara antes do almoço.
Cebola • Saladas cruas, temperadas com alho, limão e salsa.
Inhame • Comer purê ou sopa, para ajudar na purificação do sangue.
Repolho • Aplicar compressas com folhas maceradas (amassadas).
Frutas (Depurativas do Sangue).
Abacaxi • Refeições exclusivas 3 vezes por semana.
Maçã • Refeições exclusivas 3 vezes por semana.
Limão • Cura de limão.
Uva • Refeições exclusivas 3 vezes por semana.
Plantas
Eucalipto • Chá das folhas verdes (20 g para 1 litro de água) Tomar 5 xícaras ao dia.
Sabugueiro • Chá das folhas e flores (20 g para 1 litro de água). Fazer compressas com o chá, juntamente com as folhas e flores usadas.
Sassafrás • Chá da raiz (20 g para 1 litro de água). Tomar 4 xícaras ao dia.
Outros Tratamentos
Geoterapia • Compressa de argila misturada com repolho triturado e/ ou cebola ralada. Substituirá cada 2 horas.
Fonte: revista viva saude
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