O Estado de São Paulo não está previsto para receber a vacinação em 2011. A Secretaria da Saúde de Limeira informou que recebeu nota técnica (nº 14/2011) da Coordenadoria Geral de Doenças Transmissíveis e de outros órgãos de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, a respeito da análise das vacinas antirrábicas para cães e gatos aplicadas em 2010.
A nota afirma que tal análise apontou concentração elevada de proteínas heterólogas de origem bovina, que podem estar relacionadas ao quadro de anafilaxia observados nos animais vacinados no ano passado.
Assim, foi priorizada a vacinação em estados em que a análise epidemiológica são prioritários, ou seja, que apresentaram casos de raiva nos últimos três anos, que são: Maranhão, Ceará, Pernambuco, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso.
Dos Estados que receberão a vacina, dois merecem destaque: Maranhão e Ceará, pois apresentaram casos de raiva humana.
Para esses dois, especificamente, o Ministério da Saúde lançou mão de seu estoque estratégico e os animais já estão sendo vacinados desde 2 de julho. Para os outros nove Estados, houve uma compra emergencial de 10 milhões de doses de um laboratório estrangeiro. Segundo o Ministério da Saúde, não há doses suficientes no mercado mundial para atender a demanda nacional a curto prazo.
Em virtude da baixa cobertura vacinal de 2010 e considerando que este ano não haverá vacinação, a Secretaria da Saúde de Limeira alerta a toda a população que fique atenta e tome as precauções necessárias (veja quadro abaixo).
Raiva Humana
A pessoa com raiva humana possui quadro neurológico agudo de hiperatividade, seguido de paralisia, evoluindo para coma, ou seja, quadro de Encefalite, com história de agressão por cão, gato, macaco, morcego hematófago ou outros dentro de 45 dias no homem e de 10 dias a 2 meses no cão. A transmissão pode ocorrer por saliva, mucosas e arranhadura.
Em casos de dúvidas, procure os Prontos Socorros e Prontos Atendimentos do município. Mais informações na Vigilância Epidemiológica e no Centro de Controle de Zoonoses, pelos fones 3441-3548, 3451-3546 (CCZ) e 3441-1914 (VE).
>> Quadro:
1) Notificar qualquer suspeita de raiva animal ou humana em até 24 horas (conforme Portaria SAS/MS no 104 de janeiro de 2011);
2) Realizar Bloqueio de Foco: para que isso ocorra há necessidade de notificação imediata;
3) Em caso de agressão por cães, gatos ou outros animais, a pessoa exposta deve ser orientada a lavar o ferimento com água e sabão e procurar imediatamente o Pronto Socorro ou Pronto Atendimento mais próximo de sua residência;
4) Alerta aos profissionais da saúde sobre o atendimento e notificação dos casos suspeitos, uma vez que não temos raiva no Estado de São Paulo há mais de 10 anos;
5) Intensificar as ações de Educação em Saúde, visando reduzir as agressões por animais;
6) Os cães não devem ser abandonados e deixados errantes pelos seus donos;
7) Somente andar com cães em coleira e focinheira, para evitar agressões à população.
Acidentes leves: ferimentos superficiais, pouco extensos, únicos e superficiais, geralmente em tronco e membros (exceto mão, polpa digitais, cabeça e planta dos pés), lambeduras em pele com lesões superficiais:
Animal sem suspeita de raiva no momento da agressão
- Lavar com água e sabão
- Observar o animal durante 10 dias, se o animar permanecer sadio no período, encerrar o caso
- Se o animal morrer, desaparecer ou tornar-se raivoso, administrar 5 doses de vacina;
Animal com suspeita de raiva no momento da agressão
- Lavar com água e sabão
- Iniciar tratamento profilático com duas doses de vacina
- Observar o animal durante 10 dias, se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o tratamento profilático e dar o caso por encerrado
- Se o animal morrer, desaparecer ou tornar-se raivoso, completar com 5 doses da vacina;
Animal raivoso:
- Lavar com água e sabão
- Iniciar imediatamente a profilaxia com 5 doses.
Acidentes graves: ferimentos na cabeça, pescoço, mãos, polpas digitais, planta dos pés, ferimentos profundos ou extensos em qualquer região do corpo, lambedura de mucosas, lambedura de pele onde existe lesão grave e ferimento profundo causado por unha de animais:
Cão ou gato sem suspeita de raiva
- Lavar as lesões com água e sabão
- Iniciar esquema profilático com 2 doses
- Se o animal permanecer sadio no período, encerrar o caso
- Se o animal morrer, desaparecer, ou tornar-se raiovoso, dar continuidade ao esquema profilático com 5 doses e administrar o soro;
Animal suspeito de raiva no momento da agressão
- Lavar as lesões com água e sabão
- Iniciar o tratamento com soro e 5 doses de vacina
- Se a suspeita de raiva for descartada no 10º dia, encerrar o esquema profilático;
Animal raivoso, desaparecido ou morto
- Lavar as lesões com água e sabão
- Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro e 5 doses de vacina.
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