O governo fechou acordo com as operadoras de telefonia e vai oferecer, em até 90 dias, internet banda larga por R$ 35 com velocidade de 1 megabite por segundo. O acordo, que faz parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), foi anunciado oficialmente nesta quinta-feira (30) pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Segundo o ministro, o preço de R$ 35 será cobrado pelas empresas, independentemente de o serviço disponível ser banda larga fixa ou móvel. Bernardo fez questão de frisar que o usuário não estará obrigado a contratar outros serviços, como uma linha de telefone fixo, por exemplo, para ter acesso à banda larga popular.
A previsão do ministro é de que a adesão ao PNBL seja superior a 70% dos consumidores que não têm banda larga atualmente. A oferta estará disponível em até 90 dias. Assinaram o acordo as concessionárias de telefonia fixa Oi, Telefônica, Sercomtel e CTBC.
No Brasil, 40% dos domicílios com acesso à internet possuem conexão de até 1 megabit por segundo. 24% das casas conectadas têm velocidade entre 1 e 2 megabits por segundo, segundo dados da Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informática e da Comunicação no Brasil (TIC Domicílios), divulgada nesta semana.
Os parâmetros de qualidade da banda larga ofertada no PNBL serão definidos por regulamentos que serão aprovados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Segundo Bernardo, o regulamento de qualidade da banda larga fixa será votado pela agência em 28 de julho e, posteriormente, será colocado em consulta pública.O regulamento que estabelece padrões de qualidade da internet móvel já passou por processo de consulta pública. Os dois regulamentos deverão estar aprovados pela Anatel e publicados no Diário Oficial da União até 31 de outubro. O compromisso foi firmado nesta quarta-feira (29) pelo presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, perante a presidente Dilma Rousseff.
O PNBL é um acordo entre o governo federal, operadoras de telefonia e provedores para oferecer o serviço de banda larga a preços mais baixos. O governo entra com a infraestrutura de rede, usando conexões já instaladas por empresas estatais, como a Telebrás. Enquanto isso, provedores e operadoras de internet se encarregam de oferecer o serviço final para os consumidores.
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