Uma família suíça, cujos membros nascem há gerações com sem nenhum tipo de marca em seus dedos, palmas das mãos e plantas dos pés, têm surpreendido a todos.
Os recentes estudos sobre a família conseguiram identificar a causa do problema.
Segundo um estudo publicado na revista ‘The American Journal of Human Genetics’, a adermatoglifia – denominação científica do transtorno – se deve a uma mutação genética. Mais especificamente, um erro no gene SMARCAD1 parece ser a origem do curioso transtorno. Os cientistas analisaram o perfil genético de nove indivíduos afetados pelo problema e os compararam com o de outros sete familiares completamente saudáveis.
Apenas aqueles sem impressões digitais apresentavam a citada mutação genética que, segundo pesquisas anteriores, possui um importante papel regulador na expressão de vários genes relacionados com o desenvolvimento. A falha no DNA também está diretamente relacionada com uma menor produção de glândulas sudoríparas, uma característica presente em todos os indivíduos afetados.
“Nossos dados voltam mais uma vez a destacar o fato de que as raras condições monogênicas representam uma ferramenta de incalculável valor para a investigação de aspectos ocultos de nossa biologia”, comentam os autores deste estudo, que continuarão a investigar sobre o assunto.
De acordo com seus dados, foram identificadas outras três famílias com um problema congênito similar ao do núcleo suíço investigado, embora seja verdade que outros transtornos, como a Síndrome de Naegeli-Franceschetti-Jadassohn, também possa provocar uma formação anormal das impressões digitais.
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